Sindi comemora 2018 de ouro
A força do mercado do Sindi A raça fecha o ano com a oferta de aproximadamente 1.200 animais em 18 eventos comerciais. O diretor da Connect Leilões, Silvestre Marinho do Carmo, conta que a leiloeira comercializou em 2.018 cerca de 500 animais. Em cada evento a média é de 5 novos criadores e os preços praticados são animadores. A melhor média para touros a campo, por exemplo, foi registrada no evento da ExpoGenética. Os valores chegaram a R$ 12 mil por animal. “É uma raça cheia de vantagens e qualidades. A procura é muito grande. Os clientes querem saber da eficiência, do rendimento, da versatilidade do gado para cruzamento. Isso não é tendência, o Sindi está consolidado”, explica Silvestre. O criador Ângelo Mario de Souza Prata Tibery, com vasta experiência na raça Nelore, realizou o primeiro leilão do Sindi OT em Três Lagoas, MS, no mês de agosto. Com lotes comerciais de Sindinel até prenhezes de doadoras como a Grande Campeã da ExpoZebu, Campina FIV OT o remate teve liquidez total. “É uma raça em ascensão e eu não tenho dúvida de que entrou no mercado para ficar. O Sindi continua ganhando espaço pelo potencial nos cruzamentos industriais com outras raças zebuínas e europeias. Ainda tem o diferencial da dupla aptidão, com um trabalho forte para produção do leite A2, que pode ser consumido por pessoa alérgicas e intolerantes”, explica Angelo. Um dos maiores vendedores da raça Sindi é o criador Adaldio José de Castilho de Novo Horizonte, SP. O veterano dos leilões da raça pontua alguns fatores que contribuem para o momento de alta. “A pecuária já entendeu as vantagens do Sindi no corte e cada vez mais são valorizados os animais com boa produção leiteira. A identificação de touros A2 é uma questão que tem despertado muito interesse de pecuaristas do Brasil e de outros países. O estado de São Paulo já liberou o registro do produto. Acredito em uma evolução consistente com o Sindi e o Sindolando que são uma alternativa para a cadeia leiteira e um trunfo para pequenos e médios produtores”, pontua o criador. O presidente da ABCSindi, Ronaldo Andrade Bichuette, fala com entusiasmo do sucesso comercial da raça. “Analisando valores e volume de venda nos leilões, eu vejo que o Sindi supera a estabilidade. Isso é fruto de trabalho duro dos criadores, bem como da dedicação de institutos de pesquisa, para gerar dados científicos e estudar a raça em todo seu potencial. Podemos comemorar sim, mas sem perder o foco. Precisamos da filiação de todos os criadores de Sindi para nosso fortalecimento. Assim poderemos corresponder com mais eficiência aos desafios contínuos de manter o melhoramento genético do rebanho, aumentar a população da raça e contribuir para a produção sustentável de alimentos”, conclui Bichuette.